sábado, 7 de novembro de 2009



Que sentimento é esse ??? Hoje não tem como postar nada diferente disso está tudo tão estranho!!!

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte

E vai ser bom subir nas pedras...
Sei que faço isso prá esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...
Agora está tão longe vê
A linha do horizonte
Me distrai
Dos nossos planos
É que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção...
Aonde está você agora?
Além de aqui, dentro de mim...

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo
O tempo todo...
E quando vejo o mar
Existe algo que diz:
-Que a vida continua

E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer

É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...
Ei, olha só o que eu achei:
Cavalos-marinhos.
Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda
Me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...


domingo, 1 de novembro de 2009

O amor não acaba, nós é que mudamos








Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.




Martha Medeiros


Perfeito!!!!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Mudança: esta é uma palavra que provoca à maioria das pessoas um sentimento de aversão e desconforto imediatos, antes mesmo de saberem se é uma mudança boa, má ou mesmo irrelevante. Tudo em nossas vidas está sujeito à mudança: o amor, o trabalho, a saúde, a liberdade, a paz, a sanidade mental, a própria vida...Na realidade, todos nós gostamos de imaginar a nossa vida como algo de estável, algo que nos ajude a "esquecer" a "vulnerabilidade e conseqüentemente mortalidade" inerentes à nossa condição de seres humanos. Ninguém gosta de pensar que a nossa vida possa mudar totalmente de um dia para o outro de forma completamente imprevisível (ou pelo menos pouco previsível) destruindo muito do que amamos ou a que, pelo menos, estamos habituados... É desta contradição latente em tudo que se nutre o movimento... o bem e o mal... e tudo o que existe é resultado dele (da mudança). No entanto, cada mudança - qualquer que ela seja - embora traga em si novos perigos e desafios, encerra sempre também novas oportunidades. Talvez encerre em si até a chave do nosso sucesso futuro, ou até da nossa sobrevivência. Na realidade, o nosso crescimento interior depende totalmente dela.A mudança é inevitável. Como dizia Heraclito, “Nada perdura a não ser a mudança”.Não temos, portanto grande escolha: ou nos adaptamos ou pagamos o preço (alto) da nossa inadaptação.É óbvio que há sempre um risco subjacente a cada mudança. A nossa adaptação pode não vir a ser a melhor, algo pode correr mal, pode ter-nos escapado qualquer coisa... mas, se não fizermos nada para nos adaptarmos à mudança o risco é ainda maior.A mudança traz sempre implícita em si duas coisas: um perigo e uma oportunidade... seja ela a oportunidade para crescermos, para amarmos, para nos realizarmos ou até para ganharmos dinheiro...O maior perigo na vida é nunca estarmos preparados para correr riscos e colher as oportunidades que deles advêm.Para sermos capazes de aprender com a mudança e a aproveitarmos em nosso benefício, temos que ser capazes de encará-la como uma coisa importantíssima, natural e vital na nossa vida, deixando de lado a velha atitude de medo e de rejeição que só serve para deixarmos cair os braços aceitando como uma derrota algo que poderia tornar-se num sucesso ou pelo menos numa lição de vida. Afinal, esconder a cabeça como dizem que a avestruz faz, não resolve nada...A mudança é muitas vezes inevitável, mas pode quase sempre ser controlada, sempre e quando não nos recusemos a compreendê-la nem nos refugiemos em atitudes derrotistas.Algumas mudanças são agradáveis mas, mesmo aquela mudança que provoca um autêntico drama na nossa vida, pode ensinar-nos qualquer coisa desde que sejamos capazes de extrair as conclusões corretas e de as incorporarmos à nossa vida, tornando-nos assim mais fortes, mais preparados e melhores, aumentando as nossas hipóteses de sucesso (por vezes mesmo de sobrevivência).Também aqui conta muito a atitude de cada um em relação à vida: há sempre gente para quem a garrafa está "meio vazia" e outros para quem a mesma garrafa está pelo contrário "meio cheia". A forma "otimista" que certas pessoas têm de encarar a vida faz milagres também na sua adaptação à mudança, permitindo-lhes até tirar partido dela para uma grande vantagem.